A celebrar cinco décadas, a Celbi SA assinalou em festa, na passada sexta feira, 19 de junho, os 50 anos volvidos sobre o momento fundador por excelência: a colocação da primeira pedra.
Depois de ter realizado um Open Day para os fornecedores vindos de todo o país, e de se ter aliado a instituições locais para uma acção pedagógico-ambiental de limpeza da praia, iniciativa aberta à comunidade vizinha da Praia da Leirosa, a Celbi dedicou o cinquentenário da colocação da primeira pedra da então denominada Celulose Billerud S.A.R.L., aos seus actuais funcionários.
Num dos muitos espaços ajardinados da fábrica, um enorme bolo, sumos e champagne acompanharam o coro de parabéns, seguido de animado convívio e partilha de experiências, aprendizagens e memórias. Como as de Elísio Parracho que, aos 60 anos, já conta com 50 de Celbi. “Entrei na Celbi como aguadeiro, aos 11 anos, tinha a fábrica meses”, recordou aos colegas. “No primeiro dia vim descalço, no segundo com uns sapatos emprestados e, no terceiro, já a minha mãe me tinha comprado uns sapatos”, confidenciou.
O mais antigo funcionário da Celbi ainda em actividade passou em revista os estudos que fez, as portas que se lhe abriram e a vida que escolheu, e escolhe ainda, fazer na fábrica, agora nos serviços administrativos. No outro extremo do tempo está, José Oliveira, engenheiro mecânico admitido há apenas duas semanas na empresa, como desenhador e projectista. “O meu pai trabalhou na Celbi e era um sonho antigo vir para cá trabalhar”, explicou. Conseguiu e, agora, é um dos muitos exemplos que inspiram os estagiários que encontram na Celbi uma primeira ligação entre o universo académico e o mundo real do trabalho. É o caso de Carla Duque, de 25 anos, natural de Soure, que há seis meses monitoriza a certificação energética da Celbi. “Faltam três meses para o estágio acabar e já sei que, se não ficar, vou ter saudades”, confidencia, destacando “o bom ambiente e a generosidade dos colegas mais velhos” como parte importante da experiência.
Ao longo de todo o dia, um ardina, como os que há meio século vendiam diários e semanários, distribuiu exemplares da “Primeira Pedra”, um jornal em edição única, comemorativo do 50.º aniversário da Celbi. Com uma tiragem de 1000 exemplares, que chegará também como oferta a cerca de 250 entidades regionais, o “Primeira Pedra” recupera as notícias dadas à estampa, no mês de junho de 1965, pela imprensa local, com destaque para o dia 19, quando a primeira pedra foi colocada sob um marco de betão exteriormente datado, juntamente com um pequeno cofre. Lá dentro, estavam algumas moedas correntes à época, para atrair sucesso e fortuna, e ainda um pergaminho – que esta sexta feira esteve em exposição – com uma mensagem para o futuro. Nela, pode ler-se o desejo expresso de que a fábrica “seja mais uma contribuição da geração presente para o engrandecimento do país e para o bem-estar de todos, especialmente dos habitantes do distrito de Coimbra, que a ela emprestarão o esforço dos seus braços e a luz da sua inteligência”. Cinquenta anos depois, o pergaminho continua válido, a Primeira Pedra sólida e a Celbi a crescer. Parabéns a todos, muito em especial aos funcionários que passaram pela empresa ao longo destas décadas e que serão acarinhados já no próximo dia 10 de julho, num evento que lhes é inteiramente dedicado.